8.9.11

Mais um ordinário no mundo.

Dentre tempos e anseios aqui me encontro para mais um momento de perdição.

É perda de tempo me sentar e dizer por onde minha mente vaguei ou perda de tempo é não me deliciar com a perversidade que me assedia nesses dias comuns?
Ora, nada do que digo faz sentindo pra você, meu caro?
Vou repetir, desta vez, com reles palavras para melhor compreensão. Um súbito ataque de caridade!
Então, aproveite, não é sempre que me presto a este papel:

"Por um momento você quase me enganou  com toda aquela história de ser grande e cheio de glória.
Nem se dá conta das palavras infelizes e das atitudes marginalizadas que você adere almejando ser próspero.
Que decepção! Sua grandeza não passa de 10 cm à frente e a glória, amigo, não virá se continuardes a caminhar por entre guerras já definidas.

NÃO SE OBTÉM GLÓRIA SENDO SÓ MAIS UM ORDINÁRIO. ENTENDE?"

9.5.11

(In)distinto.

Nem todo alvo é atingido com mérito. Nem toda boa intenção causa um bom efeito. Muita coisa do que eu faço me ferra. Muita coisa do que eu não faço me ferra também.
Até onde a minha mente consegue raciocinar somente pelo fato em sí? Quais foram minhas escolhas particulares? Escolher a força da mente, do espírito ou dos punhos? O que vale a pena e até onde vale?
Eu não sou o que faço, não sou meus problemas e nem as minhas escolhas. Posso morrer que nada do que eu fiz vai morrer comigo. Já são escolhas feitas, atitudes tomadas e as consequencias acontecem independente de mim.

Eu causo estrago. Você causa estrago. Sem querer ou não.
Você não cai na depressão, você cai em sí.
Destruir a própria vida é consequência dos que perderam o tato. Você é a depressão, é o fim, é a morte e a ressurreição.
Não há liberdade sem destruição. Mas quem sabe se destruir sem se acabar?


28.4.11

Onde chegar!

Ela sente como se já não pudesse mais chegar a lugar algum.
Com os olhos fechados como se já cansados de olhar.
Com a cabeça doendo como se já cansada de pensar.
Com o corpo pesado como se já cansado de tentar.
Nada disso leva à satisfação.
Ela está cansada de olhar o quê? de pensar como? de tentar o quê?

Mas hoje, neste mesmo dia que sua vida amanheceu sem brilho ela notou que ainda há maneiras de reverter.
O amor e a esperança dedicados ao mundo e aos humanos só trouxeram lágrimas e decepções, é uma vida bem cruel pra quem sempre acreditou que fosse a melhor maneira de ser feliz.

Uma explosão de desumanidade poderá trazer lhe um novo sentido na vida?

31.3.11

Olhar para frente








Olhar para frente!
Uma tarefa difícil para quem tem na fé um nó que não desata.
Uma esperança tão tristonha quanto seus próprios olhos refletidos num espelho qualquer.

Olhar para frente e não enxergar um caminho que te traga sucesso, felicidade te deixa tão sem rumo que olhar para trás não é nem uma opção, é uma imposição que você não escolheu...

E olhando para trás você vê que sempre lutou e mesmo assim as forças externas te deixaram para fora do último passo de suas realizações.
Seu último passo te levou ao fracasso e você nem sabe como!

Olhar para frente é a sua única saída para não mais sofrer com o passado que insiste em ser um filme em sua mente.
Mas como olhar para frente neste estado humano que te sabota a sabedoria e a esperança?

27.12.10

O que parece e não é!


Existem pessoas que nascem com uma facilidade incrível para seguir o seu curso aqui na Terra.
As vezes eu julgo ser azar viver sentenciada a batalhar/modificar meus próprios conceitos e atitudes toda vez que enxergo que algo precisa ser feito para que haja evolução. Entretanto, considero um exercício plausível para a mente, a individualidade e, sim, para a evolução, não só a minha, mas a "externa" também.
Nunca é fácil aceitar mudanças, principalmente, quando já se está acostumado a viver de uma determinada maneira. O fato da conscientização de que algo precisa ser feito é só o primeiro passo para sacudir suas raízes, mas nada termina no reconhecimento de uma falta, e sim, na criação de uma nova oportunidade para ser diferente e realmente fazer com que seja diferente, aqui está o restante da caminhada. O primeiro passo é importante, mas é mais importante ainda saber de que não se pode estacionar ali.
Isso é o que diferencia o homem de uma sombra.
Diferente de muitas pessoas, eu considero apenas os medíocres dignos de pena.
Eles são desprovidos de individualidade, de admiração eterna, de azar, de luta e reais vitórias.
Os medíocres são incapazes de alcançar com suas próprias garras o ápice de uma batalha, eles se arrastam e vivem na sombra dos fortes, se mantém cúmplices da vida alheia.
Eles nunca se questionaram sobre sua própria vida e futuro, se consideram completamente felizes, provavelmente nunca erraram consigo mesmo por nunca terem descoberto seus reais prazes e interesses, e se houve alguma espécie de questionamento, foi em um confessionário. Até suas crises existenciais são precárias.
Eles seguem o caminho de menor resistência, nadam sempre a favor da correnteza e variam com elas, eles são incapazes de nadar rio a cima, não que não tenha nada que os atraiam, mas por serem fracos. São pessoas que crescem pouco, e quando crescem é sempre socialmente, pois aceitam e adaptam-se à hipocrisia social.
Qual a capacidade de uma sombra caminhar sozinha? Elas conquistam a "Honra" e a "Dignidade" na cumplicidade de uma personalidade singular. O brilho, o fogo, a emoção que eles mostram são sempre emprestados.
Eles não possuem um lar próprio por serem incapazes de construí-lo, são como parasitas que se alojam onde tem fartura.


As virtudes reais ascendem diante das batalhas, aqueles que vivem por um milhão de sombras, são aqueles que são donos de seus próprios atos, eles nadam contra a corrente, não se intimidam diante de obstáculos, são leais aos seus afetos e fiéis às suas palavras.
Eles visam seus objetivos e lutam por eles, quando conquistam é de maneira respeitosa e quando perdem, dignificam-se diante da lição.
Eles possuem um linha moral firme que lhes servem de alicerce ou de escudo, eles nunca faltam com a verdade e as conseqüências disso muitas vezes são ingratas, mas sempre válida.
São seres inconfundíveis, sua fisionomia e suas palavras ficam gravadas nas mentes domesticadas e sua singularidade é também admirada pelos distintos.
Por causa deles que a humanidade progride e vive.
Eles centuplicam as qualidades que a maioria possui por migalhas. Somente por eles que existe e se ocupa a história e a arte.
O homem singular e a sombra que vive de migalhas parecem viver em mundos diferentes.
É como o cristal e o barro.
O cristal tem uma forma pré estabelecida por sua própria composição química. Nunca tomará uma forma que não seja a própria.
É como o homem superior, é sempre um em si, nunca é como os demais, se lhe for propício, converte sua energia social projetando seus próprios caracteres criando cristalizações semelhantes a si mesmo, criando formas de sua própria preciosidade.
O barro é o contrário, não possui forma ou preciosidade, ele toma a forma do que lhe convém, das mãos que o manipulam, do meio no qual vive.
É como o homem medíocre, é sujeito a corrosões, ao desmoronamento.
O cristal é raridade, se admira e se cuida. O barro se vende. Aquele que não conhece o brilho de um cristal se considera sortudo por ter encontrado uma forma “lapidada”, até que venha a primeira tempestade que torne outra vez em lama o que um dia pareceu precioso.